sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Musicoterapia ou Educação Musical - Dani Del Sole



            O trabalho apresentado visa resumir as diferenças entre a Educação Musical especial e a Musicoterapia. Apesar de se manterem em contato e de terem a música como foco, na Musicoterapia, a música é um caminho, enquanto na Educação Musical, ela é uma finalidade. Isso se torna compreensível quando percebemos que o mesmo profissional pode atuar nas duas áreas, assim como, algumas atividades parecem ser comuns à ambas.
            Ainda que o profissional possa atuar nas duas áreas, o que muda é o olhar. No caso do musicoterapeuta, que é especializado, a ênfase está em ver a recuperação do paciente, a sua reabilitação. Geralmente, ele atua em hospitais, ONG's e clínicas.
            No caso do educador, a relação professor - aluno implica em atuar investindo no potencial de cada um, considerando diferenças e limitações para o aprendizado da música. Nesse caso, deve-se explorar o que cada um traz, a fim de que a aprendizagem aconteça efetivamente. Garantir a aprendizagem em música é o foco do professor de educação musical, ainda que para isso, ele desenvolva conhecimentos dele mesmo e de outras áreas, como a coordenação motora, o senso de organização e disciplina, dentre outros aspectos. O educador musical costuma atuar mais em escolas de música, escolas especiais e com aulas particulares.
            Assim, podemos concluir que a música é a matéria - prima para essas duas áreas de atuação. Porém, apenas na educação musical ela se apresenta como um fim em si mesma. É interessante enfatizar que na Musicoterapia o paciente pode aprender a tocar um instrumento musical, pode tocar individualmente e em grupo, assim como pode desenvolver muitas habilidades peculiares à música. Ainda assim, o foco não é obrigatoriamente essa aprendizagem. É que por meio dela, o terapeuta alcança outros objetivos que tem relação com a forma como o indivíduo se relaciona, se aceita, convive e interage.

Referências bibliográficas:

BRUSCIA, Kenneth E. Definindo Musicoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Enelivros,
2000. 332 p.

GAINZA, Violeta H. Estudos de Psicopedagogia Musical: novas buscas em educação. São Paulo: Summus Editorial Ltda, 1988. 140 p.

HACKBART, A. Experiências musicais e áreas da prática. Material didático elaborado para a disciplina de Vivência em Educação Musical 13. LAB - UFsCar, 2011.

MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagens significativas. Instituto de Física, UFRGS, 2012.

SANTOS, C. E. C. E educação musical especial: aspectos históricos, legais e metodológicos. 2008. Dissertação (Mestrado em Música) UNIRIO. Rio de Janeiro.