TEMA: Histórias, cantigas e
brincadeiras da infância.
Daniela Del Sole.
Obra: Jogos e Brinquedos Infantis, 1560, de
Pieter Brueghel.
Público alvo: Estudantes
do Ensino Médio.
Tempo previsto: 12
aulas.
Justificativa
Objetivos gerais
Proporcionar uma visão integrada das Artes,
por meio de vivências e sondagens acerca das diferentes áreas artísticas - artes
do corpo (teatro, dança e performance), artes literárias, artes musicais, artes
plásticas e artes tecnológicas, tendo como ponto de partida as lembranças que
cada estudante traz sobre sua infância, considerando canções, histórias,
contos, lendas, fábulas e brincadeiras.
Objetivos específicos
Perceber as narrativas dos contos, histórias,
fábulas e lendas como possibilidades para improvisações, desenhos, danças e
criações variadas.
Compreender as transformações pelas quais
passaram ao longo do tempo as brincadeiras, canções e histórias.
Reconhecer o conteúdo artístico implícito em
jogos, brincadeiras, histórias e canções.
Sensibilizar para as diferentes maneiras de
expressão artística, respeitando limitações e habilidades, mas oferecendo
técnicas possíveis e acessíveis a todos para a consciência corporal.
Introdução à rítmica do baião.
Conteúdos
Integração entre as linguagens artísticas.
Habilidades
Capacitar o discurso crítico num campo de
saberes hibridizados.
Metodologia
Em grupo, elaborar listas de brincadeiras,
canções e histórias que se lembram; Apresentar ao grupo as listas e cantar as
canções. No momento do canto aparecem rítmicas conhecidas, de modo que será
introduzida a rítmica do baião. Na fase seguinte, os estudantes devem escolher
uma canção para encaixar na rítmica aprendida. Posteriormente, comparam a obra “Jogos
e Brinquedos infantis” (1560), de Pieter Brueghel para produção de desenho ou
quadros corporais para fotografia, ou ainda, quadrinhos que expressem
comparações de suas histórias com as do quadro, permitindo recriação. Por fim,
escolhem uma das narrativas para encenar e ter os primeiros contatos com
técnicas de improvisação em teatro.
Avaliação
A avaliação corresponderá às etapas
vivenciadas, considerando a lista inicial de histórias, brincadeiras e canções a
ser entregue (uma por grupo), trabalho em plásticas ou foto ou quadrinho
comparativo, partindo do quadro de Brueghel e filmagem da história encenada.
Referências Bibliográficas
BRENNAN, Richard. A Técnica de Alexander. Editora Estampa, 1994.
FELDENKRAIS,
Moshe. Caso Nora: Consciência corporal
como fator terapêutico. Editora Summus, 1979.
GONÇALVES. M.G.Giradi. Martha
Graham: dança, corpo e comunicação. Tese de Mestrado. 2009.
HARARI, Angela e VALENTINI, Willians. A reforma psiquiátrica no cotidiano. Hucitec.
São Paulo, 2001.
LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. Summus
editorial, São Paulo, 1978.
PADILHA, Paulo Roberto. Educar
em Todos os Cantos: reflexões e canções por uma educação intertranscultural.
São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2003.
OLIVEIRA, Maria Rosa Duarte et al. Território
das Artes. Por que territórios das Artes? São Paulo. Educ. 2006.
VIEIRA, Jorge Albuquerque. Território das
Artes. Singularidade e território na teoria geral dos sistemas. Território das
Artes. São Paulo. Educ. 2006.
ANEXO I
Biografia de Pieter Brueghel: Pintor, escultor,
arquiteto e decorador de tapeçarias e vitrais flamengo nascido em Breda, no
Ducado de Brabant, Paises Baixos, hoje uma província da Bélgica, que criou uma
rica pintura narrativa, documentando costumes de época, tornando-se um
dos mais representativos pintores flamengos do período Cinquecento (1500-1599)
do Renascimento. Discípulo de Coecke Van Aelst, um importante artista de
Antuérpia, foi o primeiro pintor de uma família de artistas flamengos. Foi
admitido como Mestre na Associação de Pintores de Antuérpia (1551) e viajou
para Itália onde produziu uma série de pinturas de menos importância, a maioria
de paisagens. Em Roma, produziu a sua primeira obra assinada e datada, Cristo
e os Apóstolos no Mar de Tiberíades (1553), e voltou para Antuérpia. Nos
anos seguintes continuou desenhando paisagens, especialmente alpinas, mas
depois (1556) passou a dedicar-se a temas satíricos, didáticos e moralistas,
influenciado por Hiëronymus Bosch. Mudou-se (1563) para Bruxelas onde
casou com Mayken, filha do seu professor Van Aelst, que passou a
ter mais influência na escolha de seus temas. Além da sua predileção por
paisagens, pintou quadros que realçavam o absurdo na vulgaridade, expondo as
fraquezas e loucuras humanas, que lhe trouxeram muita fama. Depois de casado,
as suas personagens tornaram-se maiores e disformes e morreu no auge de sua
produtividade, aos 44 anos de idade, em Bruxelas, e foi sepultado na Igreja de
Notre-Dame de la Chapelle, onde tinha se casado.
O Renascimento
foi um movimento cultural cuja principal característica foi o surgimento da
ilusão de profundidade nas obras. Em termos gerais, por definição o Renascimento
foi um movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa no
período correspondente entre à Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna,
do século XIII ao XVI, com o berço na Itália e tendo em Florença e Roma como
seus dois centros mais importantes. Sua principal característica foi o
surgimento da ilusão de profundidade nas obras e, cronologicamente, pode ser
dividido em quatro períodos: Duocento (1200-1299), Trecento
(1300-1399), Quattrocento (1400-1499) e Cinquecento (1500-1599).
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