A inclusão digital só faz sentido para a educação musical quando seu objetivo culmina com a apropriação de saberes acerca da utilização das ferramentas computacionais e pelo desenvolvimento de ações voltadas à formação integral e cidadania.
Essa possibilidade de enlace entre música e mundo digital traz desafios, pois exige um entendimento da inclusão digital que transcende o acesso às tecnologias de informação e comunicação a toda a população. Vem atrelada de um objetivo final que é buscar melhorias nas condições de vida dos envolvidos na comunidade.
Assim, a inclusão digital instrumentalizaria a comunidade envolvida para que a infoexclusão diminua, ou seja, traz conceitos desenvolvidos nas atividades musicais para situações extramusicais. Não perde seu foco nem seu objetivo principal, que é o de refletir sobre o sentido da vida, vivenciar e experimentar o ritmo e a canção em experiências que envolvem o corpo, a voz e o movimento para o fortalecimento dos sentimentos de pertença, estreitamento dos laços afetivos, autoestima e autoconfiança, além de refletir sobre direitos, deveres e o exercício da cidadania.
Afinal, sem isso, poderíamos nos perguntar acerca do porquê da inclusão digital ou de qual utilidade de incluir digitalmente quem não saber sequer ler e escrever. Portanto, por trás da inclusão digital está o compromisso com a educação. E dentro dos objetivos educacionais, os que envolvem a educação musical para a construção de um conhecimento colaborativo e, potencialmente crítico e criativo.
A inserção social visa a participação dos excluídos nos processos de inteligência coletiva, com o uso da tecnologia para favorecer os processos colaborativos de aprendizagem como um todo e, na educação musical, aprendizagens específicas que podem ser aceleradas e tornar-se mais agradáveis com o uso dessas ferramentas.
A digitalização de serviços básicos oferecidos à comunidade tende a manter uma parcela da sociedade submissa aos conhecimentos digitais, quiçá aos benefícios trazidos a quem está, economicamente, em condições de usufruir de tais tecnologias. Às vezes, grupos que estiveram culturalmente excluídos, como a geração de minha mãe, que esteve fora da escola e de inúmeras oportunidades da vida, encontram-se agora, deparando-se com uma geração de pessoas que tiveram e aproveitaram a oportunidade em bancos escolares de escolas e universidades públicas (ainda sou a única de minha família), praticamente dependentes de um domínio de conhecimento que ainda assusta e, por mais que queiramos aproximá-las e inseri-las não só à tecnologia, mas a um outro universo cultural, parece ser um parto diário, tanto quanto "matar um leão por dia", em minhas turmas de ensino médio e fundamental, na busca do usufruto de tais facilitadores na busca do bem comum, sem que a exclusão traga o rejeitar-se a participar ativamente de tal processo, por excesso de baixa autoestima e/ou por não se sentir pertencente a esse universo tecnológico e cultural.
Desse modo, o blog, a disciplina e minhas intenções pessoais são de inserção social de maneira aprofundada e verdadeira, para que, de fato, todos consigam usufruir dos benefícios que as tecnologias podem oferecer. É uma maneira de explorar a criatividade, para que o trabalho do professor em sala de aula e na vida, consiga reconhecer a possibilidade de ensinar e aprender em diferentes locais, e não só aos destinados à aprendizagem. É construir junto aos alunos, estratégias de ensino que os envolvam e, acima de tudo, mexam, ao mesmo tempo, com a tecnologia, a música, o prazer e a criatividade, visando a formação integral de cada ser. Com isso, essa ferramenta traz um potencial revolucionário, pois permite aos indivíduos o desenvolvimento de suas potencialidades direcionadas ao bem comum e à felicidade coletiva.
Bibliografia
MONTANARO, P. R. A inclusão digital na sociedade em rede.
Disponível em < http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=69722>
Desse modo, o blog, a disciplina e minhas intenções pessoais são de inserção social de maneira aprofundada e verdadeira, para que, de fato, todos consigam usufruir dos benefícios que as tecnologias podem oferecer. É uma maneira de explorar a criatividade, para que o trabalho do professor em sala de aula e na vida, consiga reconhecer a possibilidade de ensinar e aprender em diferentes locais, e não só aos destinados à aprendizagem. É construir junto aos alunos, estratégias de ensino que os envolvam e, acima de tudo, mexam, ao mesmo tempo, com a tecnologia, a música, o prazer e a criatividade, visando a formação integral de cada ser. Com isso, essa ferramenta traz um potencial revolucionário, pois permite aos indivíduos o desenvolvimento de suas potencialidades direcionadas ao bem comum e à felicidade coletiva.
Bibliografia
MONTANARO, P. R. A inclusão digital na sociedade em rede.
Disponível em < http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=69722>
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