O trabalho apresentado visa resumir as diferenças entre a Educação Musical
especial e a Musicoterapia. Apesar de se manterem em contato e de terem a
música como foco, na Musicoterapia, a música é um caminho, enquanto na Educação
Musical, ela é uma finalidade. Isso se torna compreensível quando percebemos
que o mesmo profissional pode atuar nas duas áreas, assim como, algumas
atividades parecem ser comuns à ambas.
Ainda que o profissional possa atuar
nas duas áreas, o que muda é o olhar. No caso do musicoterapeuta, que é
especializado, a ênfase está em ver a recuperação do paciente, a sua
reabilitação. Geralmente, ele atua em hospitais, ONG's e clínicas.
No caso do educador, a relação
professor - aluno implica em atuar investindo no potencial de cada um,
considerando diferenças e limitações para o aprendizado da música. Nesse caso,
deve-se explorar o que cada um traz, a fim de que a aprendizagem aconteça
efetivamente. Garantir a aprendizagem em música é o foco do professor de
educação musical, ainda que para isso, ele desenvolva conhecimentos dele mesmo
e de outras áreas, como a coordenação motora, o senso de organização e
disciplina, dentre outros aspectos. O educador musical costuma atuar mais em
escolas de música, escolas especiais e com aulas particulares.
Assim, podemos concluir que a música
é a matéria - prima para essas duas áreas de atuação. Porém, apenas na educação
musical ela se apresenta como um fim em si mesma. É interessante enfatizar que
na Musicoterapia o paciente pode aprender a tocar um instrumento musical, pode
tocar individualmente e em grupo, assim como pode desenvolver muitas
habilidades peculiares à música. Ainda assim, o foco não é obrigatoriamente
essa aprendizagem. É que por meio dela, o terapeuta alcança outros objetivos
que tem relação com a forma como o indivíduo se relaciona, se aceita, convive e
interage.
Referências
bibliográficas:
BRUSCIA, Kenneth E. Definindo
Musicoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Enelivros,
2000. 332 p.
GAINZA, Violeta H. Estudos de
Psicopedagogia Musical: novas buscas em educação. São Paulo: Summus
Editorial Ltda, 1988. 140 p.
HACKBART, A. Experiências musicais e áreas da prática. Material didático
elaborado para a disciplina de Vivência em Educação Musical 13. LAB - UFsCar,
2011.
MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagens
significativas. Instituto de Física, UFRGS, 2012.
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