segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Web 2.0 e educação




Daniela Del Sole
Euvaldo Lacerda dos Santos 
 Luciana Nogueira Micheloni
Maria Cristina Monis Bidin
Melissa Ariane Travaini Ferreira
Sergio S.Ferraz


I. Introdução

            A inversão de aplicativos que usam a própria internet como plataforma, como o moodle, para softwares que usam o computador do usuário como plataforma, caracteriza a web 2.0, pois permite ao usuário acessar um conteúdo que é mais dinâmico e, o mais interessante para a educação, contam com um processo de construção colaborativo.
            “Muitas empresas apostaram seus investimentos em internet, causando um boom no setor, com consequente estouro da bolha das “ponto com” nos anos 90. A tecnologia foi inserida de vez no cenário econômico mundial, não sem que houvesse um colapso (crash). As empresas que sobreviveram à crise constataram que possuíam características comuns entre si,  a web se tornou imprescindível e deveriam buscar novos caminhos para fomentar inovações através da internet, o que gerou uma série de conceitos agrupados que formam o que chamamos Web 2.0. Vale lembrar que, conforme apontado no nosso texto base relacionar Web 2.0 e inovação não é consenso.
            Através do acesso a internet podemos pesquisar com mais rapidez e precisão assuntos do nosso interesse. Existe ainda a possibilidade de usar a internet em aulas, onde as torna mais dinâmica e precisa em determinados assuntos.

II. Evolução da web 2.0 
           
            A web 2.0 proporcionou evoluções significativas, principalmente para quem faz uso da internet com frequência. Em tempos anteriores, os sites eram disponíveis como os livros, as pessoas abriam liam o que lhes interessava e depois os fechavam. Hoje em dia, graças à web 2.0, a formatação dos sites proporciona ao usuário um conteúdo dinâmico e que tem por tendência fugir dos blocos de textos, se aproximando ainda mais às necessidades do usuário.
            Como o texto de nossa disciplina diz a principal característica da web 2.0 “é em relação ao conteúdo trabalhado nos sites e aplicativos”, onde através destes aplicativos, vários usuários podem fazer alterações no conteúdo de um mesmo site, sem que nenhum deles seja o portador do domínio. Para que essa interação tenha efeito é necessário o navegador web que contenha os plugins adequados para a composição e realização mútua dos usuários.
            No artigo "Educação a distância baseada na web 2.0: a emergência de uma pedagogia 2.0" de Gabriela Grosseck, Simão Pedro P. Marinho e Lorena Tárcia, encontramos possibilidades do uso da web 2.0 para além dos ambientes virtuais de aprendizagem. Entretanto, o grande desafio é estar na sociedade em rede pensando nessa “nova e perturbadora fase da sociedade da informação” (REDING, 2006). Esses fenômenos da sociedade em rede deixam o próprio conhecimento em posição privilegiada, ou seja, tanto pode ser uma fonte de valor como uma fonte de poder.
            Os cidadãos devem estar preparados para o uso das tecnologias digitais da informação e comunicação, mas não apenas como meros usuários passivos, e sim como pessoas que analisam, avaliam, resolvem problemas, tomam decisões, auxiliam como editores e produtores desse conhecimento que se constrói a todo instante.
Permanecer antenado e participativo diante desse desafio é o que se potencializa com a web 2.0.
O software social, marcado pela flexibilidade e facilidade de uso, vem sendo definido como uma ferramenta que aumenta habilidades sociais e colaborativas humanas, apoiando comunicações em grupo em que a interação estaria apoiada em regras e em procedimentos de negociação (SHIRKY, 2003), como um meio que facilita conexões sociais e o intercâmbio de informações e até como uma ecologia, ao permitir um “sistema de pessoas, práticas, valores e tecnologias num ambiente particular local” (SUTER; ALEXANDER; KAPLAN, 2005). Para LIN (2007), mais do que tecnologia, a Web 2.0 é atitude.
Essa forma de atitude entra em conflito constante com a exclusão a que uma grande parcela da população ainda está submetida. Ainda assim, não há como fugir de um universo rodeado de fotos, vídeos, áudios, blogs com espaços para compartilhar a escrita, "wikis, content sindication (RSS), tag-based folksonomies, social bookmarking, compartilhamento de mídias, redes sociais e outros recursos." (p. 3).
            A integração entre os fenômenos trazidos pela web 2.0 e a E.A.D. podem ser consideradas benéficas, pois o próprio processo vivenciado na UfSCar, com o curso de Educação Musical, se mostrou surpreendente em inúmeros aspectos: Foi possível conhecer uma infinidade de softwares específicos da área, o que, se fosse em um curso presencial, dificilmente haveria uma exploração tão aprofundada de tais recursos.
            Nesses casos, os estudantes não só consomem informações, mas participam de cada etapa como criadores, idealizadores o que leva “os sujeitos a serem coautores daquilo que se oferece na Web 2.0, ao mesmo tempo produtores e consumidores em uma sociedade da autoria (MARINHO, 2008), não mais apenas leitores atentos. (p. 4)”.
            Tal visão transcende até mesmo a ideia de educação, na medida em que a aprendizagem colaborativa ganha sentido em cada ação, ultrapassando os muros da escola e do próprio ambiente virtual de aprendizagem, num conexão extremamente ampla, na qual o estudante vai aprendendo a fazer escolhas, a qualificar o que vê, dentre outras possibilidades.
“(...) a Web 2.0 tem algo de novo a compartilhar com a educação: o desenvolvimento de características que possam vir a constituir uma nova pedagogia que leve em conta as tecnologias digitais de informação e comunicação no século XXI. Seria uma Pedagogia 2.0 (DRON, 2006;  LOUGHLIN; LEE, 2007) a ser praticada em uma Universidade 2.0”.
A questão: "Em tempos de convergência de mídia, com a Web 2.0, que tipo de educação desejamos ou precisamos?" extraída do artigo, pode nos levar a refletir acerca de mudanças emergente em paradigmas educacionais. Se precisamos de estudantes mais ativos, participativos, dinâmicos, que se desenvolvam em direção à autonomia, que se aventurem no mundo do conhecimento, que "reforça o princípio da partilha de informações ou competências, no exercício da inteligência coletiva (LÉVY, 1998)" (p. 6), sabemos que tais princípios dependem de um professor em rede. A imagem abaixo é extremamente relevante para esse desafio:

III. Conceituando a Web 2.0

            O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly e tem o seguinte conceito na wikipédia:

                                                    “Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.”

            Até o momento não existe consenso sobre o que seja a Web 2.0. O conceito está em construção. Entretanto, podemos dizer que a Web 2.0 não está ligada a grandes mudanças tecnológicas, mas a uma mudança de comportamento dos usuários em relação a interatividade e produção dos conteúdos. O conteúdo não mais será produzido de forma unilateral, e sim de forma cooperativa, sendo a participação dos usuários fundamental para esta construção coletiva.

IV. Web 2.0 e educação

            A segunda geração web alterou o modo como a sociedade interage com a tecnologia. Isso deve se refletir no contexto educacional, pois alguns educadores já publicam seu planejamento de curso on-line, alguns grupos de trabalho se reúnem em webgroups, utilizam flickr, blogs, facebook, orkut, criam comunidades virtuais educacionais. Experienciamos, no nosso próprio curso, o uso dos podcasts como recurso e conteúdo. Há um grande potencial de aproveitamento da web 2.o na educação dos jovens; se tratarmos a utilização dessa plataforma como mediadora da aprendizagem, enquanto exercício de cidadania digital dos estudantes. 
            Continuando com mais exemplo podemos citar o moodle, onde o aplicativo torna cada vez melhor a cada nova interação dos usuários, as próprias discussões nos fóruns, entregas de tarefas e até mesmo as atividades criadas pelos educadores.
            Um exemplo da web mais participativa é a iniciativa do governo do Estado de São Paulo, com a criação do Currículo +. Trata-se de um site em que há mecanismos de busca por disciplina, nível, série, tema e bimestre em que o professor atua. Nele, há links para objetos digitais de aprendizagem, sites e documentos contendo jogos, vídeos e informações relacionados ao conteúdo que é trabalhado em sala de aula pelos professores, conforme o conteúdo das apostilas. Existe também a possibilidade de criar e alterar o conteúdo, pois o site conta com a participação dos professores, na sugestão de atividades que venham a acrescentar as possibilidades do currículo.

V. Internet

           
            O que é a Internet? Podemos dizer que INTERNET é uma rede global de computadores interligados, que utilizam o conjunto de protocolos padrão da internet para servir vários bilhões de usuários no mundo inteiro. É uma rede de várias outras redes, que consiste de milhões de empresas privadas, públicas, acadêmicas e de governo, com alcance local e global e que está ligada por uma ampla variedade de tecnologias de rede eletrônica, sem fio e ópticas. A internet traz uma extensa gama de recursos de informação e serviços. Não há consenso sobre a data exata em que a internet moderna surgiu, mas foi em algum momento em meados da década de 1980.  As origens da internet remontam a uma pesquisa encomendada pelo governo dos Estados Unidos na década de 1960 para construir uma forma de comunicação robusta e sem falhas através de redes de computadores. Embora este trabalho, juntamente com projetos no Reino Unido e na  França tenha levado a criação de redes precursoras importantes, ele não criou a internet. Hoje, é possível conversar, falar ao telefone, trocar mensagens, enviar documentos, compartilhar fotos, trocar informações, jogar, pesquisar e muitas outras coisas com a internet.
            Os pacotes da Internet podem ser transmitidos por uma variedade de meios de conexão tais como cabo coaxial, fibra ótica, redes sem fio ou por satélite. Juntas, todas essas redes de comunicação formam a Internet. E pensar que há bem pouco tempo tínhamos apenas a conexão discada, que dependia da linha telefônica, e que o deixava ocupado durante o tempo em que estivesse conectado à internet. E como era lento e perdia a conexão facilmente. Depois veio a Banda Larga, que inovou esse acesso à Internet; e cada vez é mais rápida. Hoje é muito comum utilizar Wireless, que é a transmissão por ondas de rádio.
            A Internet distribui, através dos seus servidores, uma grande variedade de documentos, entre os quais formam a arquitetura World Wide Web. Trata-se de uma infinita quantidade de documentos (texto e multimídia) que qualquer utilizador de rede pode aceder para consultar e que, normalmente, tem ligação com outros serviços de Internet. Estes documentos têm facilitado à utilização em larga escala da Internet em todo mundo, visto que por meio deles qualquer utilizador com um mínimo de conhecimento de informática, pode aceder à rede. 
            A Internet é organizada na forma de uma teia. Um computador local está conectado a uma máquina em outro estado (ou país) e assim por diante, traçando uma rota até chegar ao destino. São máquinas de alta capacidade, com grande poder de processamento e conexões velozes, conhecidas como servidores, controladas por universidades, empresas e órgãos do Governo. As informações na Internet passam por vários computadores até chegarem aos seus destinos.
            Essa forma de funcionamento garante um custo baixo de conexão. Você só precisa pagar a ligação local e o seu fornecedor de acesso. Essa empresa ou instituição cobra taxa mensal de cada usuário para cobrir, entre outros, os custos da conexão com a rede.
            O Provedor de acesso faz a ligação entre o seu computador e a Internet. 

VI . Conclusão
           
            Observamos que o mundo evolui em vários campos: social, tecnológico, político, econômico. Com a evolução tecnológica a vida de milhares de pessoas veio a ser facilitada, os caminhos encurtados e até mesmo modificou a escrita: surgiram novas formas de comunicação, novas palavras, abreviaturas, o que chamamos de internetês.
            Em termos de Brasil, temos uma tecnologia tão competitiva ou até melhor que em muitos países considerados desenvolvidos, mas sempre haverá aquele que colocará a culpa na internet e nas tecnologias para todas as coisas que estão dando errado no mundo; acredito que o este tem que evoluir tão rapidamente quanto às tecnologias, pois as pessoas são dotadas de inteligência capazes de suportar em sua memória, vários gigabytes, e o mundo só evoluirá quando pessoas visionárias construírem um alicerce para que nossos jovens cresçam, aprendam e mostrem um Brasil desenvolvido em todos os sentidos.

Referências Bibliográficas:
GORSSECK, G; MARINHO. S.P.P.; TÁRCIA, L. Educação e Linguagem. Volume. 12. nº. 19 .111-123, JAN.-JUN. 2009.
 



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